Seguro bike: quais coberturas oferece, quem pode contratar e para quais modelos de bike serve?

Contratar um seguro bike só parece exagero até o prejuízo bater à porta.

Pergunte, por exemplo, ao subsíndico Milton Augusto, de 44 anos: um homem entrou no prédio dele com uma chave mestra, desativou o alarme, cortou duas travas (uma de aço) e fugiu com a bicicleta em dez minutos. 

A notícia foi publicada no portal O Globo. O valor do bem furtado era de R$ 6 mil (consegue imaginar o que dá para fazer com esse valor?). Um ano antes, Milton já tinha perdido outra bicicleta, avaliada em R$ 9 mil.

Agora imagina esse prejuízo financeira em escala empresarial. Se para uma pessoa física uma bicicleta perdida já dói no bolso, para negócios que operam com frota, a conta é bem maior.

Afinal, imprevistos com esse tipo de equipamento podem paralisar a operação, frustrar clientes, quebrar agenda, engolir lucro e derrubar a reputação.

Quer dizer, perder uma bicicleta já machuca. Agora, perder dez, vinte, cinquenta? Esse problema pode comprometer a saúde inteira da empresa.

Então, se você quer proteger o seu patrimônio por meio dessa proteção, continue a leitura. Tiramos as principais dúvidas sobre o seguro bike!

O que é o seguro bike?

Seguro bike é um tipo de proteção financeira para bicicletas em casos de roubo, furto qualificado, danos acidentais e outras ocorrências. Essa cobertura pode atender atletas, entusiastas e empresas que operam frotas, o que garante reposição, continuidade de uso e redução de prejuízo em imprevistos. 

Afinal, perder uma bicicleta na operação é como perder um notebook de um colaborador durante um projeto crítico, a depender da sua área de atuação. Isto é, você pode até continuar o trabalho, mas a tendência é que a entrega atrase, a produtividade caia, o planejamento desande e o caixa seja afetado.

Ou seja, o seguro bike é uma forma de frear os prejuízos. Lembre-se: sem proteção, o risco vira custo. Quer dizer, o seguro não impede o imprevisto, mas garante continuidade das operações e reduz o impacto financeiro.

Quais os tipos de seguro bike?

Os principais tipos de seguro bike incluem:

1. Elétrica; 
2. Autopropelido;
3. Mountain bike; 
4. Speed;
5. Triathlon;
6. Urbana;
7. Fixa;
8. Trial;
9. Dobrável; 
10. BMX;
11. Downhill;
12. Handbike;
13. Reclinada.

Quem pode fazer o seguro bike?

O seguro bike pode ser contratado por pessoas físicas que utilizam bicicletas para lazer, esporte ou deslocamento, e por empresas, como as que operam frotas para cicloturismo, delivery, locação, eventos ou uso corporativo. Ele atende quem deseja proteção financeira, continuidade de uso e redução de prejuízos.

Entenda!

Seguro para pessoa física

Indicado para ciclistas maiores de 18 amadores, atletas, entusiastas e quem utiliza a bicicleta como meio de transporte diário. É útil para proteger bikes esportivas, urbanas, elétricas ou utilizadas em treinos, já que assegura indenização em caso de roubo, quebra ou acidente dentro das regras contratuais.

Seguro para empresas

Voltado para negócios que utilizam bicicletas como parte do serviço, experiência ou logística operacional. Ideal para:

• operadoras de cicloturismo e ecoturismo;
• hotéis, pousadas e resorts com bikes para hóspedes;
• locadoras, bike shops e serviços de test-ride;
• empresas com frota para delivery ou mobilidade interna;
• eventos esportivos, provas, passeios e ativações;
• academias, clubes e centros de treinamento;
• organizações que disponibilizam bikes a colaboradores.

Como funciona o seguro bike?

O seguro bike funciona de forma simples: você contrata a apólice, informa os dados da bicicleta, escolhe as coberturas e mantém o equipamento protegido. Em caso de sinistro, é preciso comunicar a seguradora, enviar documentos, aguardar análise e receber indenização ou reposição do bem conforme contratado.

Quer um exemplo?

Um homem entrou em um prédio em Copacabana com uma chave mestra. As câmeras registraram o momento em que ele abre o portão, finge falar com alguém para disfarçar e segue até o bicicletário. Lá, escolhe uma bicicleta elétrica, no valor de R$ 8 mil, pega também o capacete e sai tranquilamente.

A proprietária, Mariana Fernandes, só percebeu o furto no dia seguinte, conforme noticiado no O Globo. Esse episódio servirá como referência para entendermos o passo a passo de como o seguro bike atuaria e o que você, pessoa física ou jurídica, deveria fazer para acionar a cobertura e minimizar o prejuízo.

Acompanhe:

1. Cotação do seguro;
2. Envio de documentos e vistoria (quando solicitada);
3. Emissão da apólice;
4. Uso normal da bicicleta;
5. Sinistro (furto, roubo, dano ou acidente);
6. Abertura do aviso de sinistro;
7. Análise da seguradora;
8. Indenização ou reposição da bicicleta.

1. Cotação do seguro

Nesta etapa, são informados dados como modelo, valor da bike, tipo de uso (pessoal, frota, esportivo, turismo) e local de armazenamento. Com isso, a seguradora calcula o risco e apresenta opções de coberturas e preços compatíveis com o perfil do usuário ou da empresa.

2. Envio de documentos e vistoria (quando solicitada)

Podem ser solicitados fotos da bicicleta, número de série, NF e acessórios instalados. Em alguns casos, é feita uma vistoria digital para validar o estado do equipamento e confirmar o valor de mercado, etapa importante para evitar conflitos futuros em caso de sinistro.

3. Emissão da apólice

Após a aprovação da proposta e pagamento inicial, o seguro é ativado. A apólice passa a valer, e o cliente recebe o documento com todas as coberturas contratadas, limites, franquias e condições gerais do seguro bike.

4. Uso normal da bicicleta

Após a emissão da apólice e início de vigência (podendo haver carência dependendo das regras do contrato) a bicicleta segue sendo usada normalmente para deslocamento, entregas, aluguel, cicloturismo ou treinos. Nada muda na rotina. 

A diferença é que, quando a cobertura estiver ativa, qualquer evento previsto na apólice passa a ser um risco administrável, com suporte financeiro garantido.

5. Sinistro 

Se algo acontecer com a bicicleta, a primeira ação deve ser registrar o ocorrido. Furto ou roubo exige boletim de ocorrência, enquanto danos podem ser comprovados com fotos. O importante é agir rapidamente para não perder prazos.

6. Abertura do aviso de sinistro

Com o BO em mãos (quando aplicável), o segurado aciona a seguradora ou corretora, envia os documentos solicitados e relata como aconteceu o evento. Essa etapa formaliza o pedido de indenização e autoriza o início da análise.

7. Análise da seguradora

A seguradora verifica documentos, avalia o tipo de sinistro e confirma se está dentro das coberturas contratadas. Havendo conformidade, o processo segue para aprovação do pagamento, o tempo varia conforme o envio correto das informações.

8. Indenização ou reposição da bicicleta

Após conclusão da análise, o segurado recebe a indenização ou uma bike equivalente, conforme descrito na apólice. Assim, o impacto financeiro do furto, roubo ou dano não recai integralmente sobre o proprietário, ou empresa.

O que cobre o seguro bike?

O seguro bike pode cobrir quebra acidental, roubo e furto qualificado, responsabilidade civil contra terceiros, acidentes pessoais, garantia internacional, danos elétricos em bikes motorizadas e participação em competições.

As coberturas variam conforme a apólice, o que oferece uma proteção personalizada ao perfil do ciclista ou operação empresarial.

Saiba mais:

1. Quebra acidental;
2. Roubo e furto qualificado;
3. Responsabilidade civil;
4. Acidentes pessoais individual;
5. Garantia internacional;
6. Danos elétricos (específico para bikes elétricas);
7. Participação em competições.

1. Quebra acidental

Um impacto mais forte, uma queda inesperada ou uma colisão no percurso podem comprometer quadro, rodas e componentes delicados da bicicleta. Com essa cobertura, o conserto ou a substituição não vira surpresa no caixa, benefício especialmente útil para uso frequente, trilhas e operação intensiva.

2. Roubo e furto qualificado

Quando há arrombamento, rompimento de trava ou subtração mediante ameaça, o prejuízo costuma ser alto e traz consequências imediatas. Assim, a seguradora indeniza o valor da bike ou faz reposição para reduzir o dano financeiro e garantir continuidade no uso ou no serviço prestado.

3. Responsabilidade civil

Nem sempre o problema está na bike, às vezes o risco está na interação com terceiros. Se durante o uso houver colisão, dano a patrimônio, queda que envolva pedestres ou até outro ciclista, essa cobertura assume o custo. Dessa forma, evita processos, indenizações diretas e desgaste jurídico.

4. Acidentes pessoais individual

O ciclista é parte fundamental do sistema. Então, se ele se machuca, essa cobertura age como proteção humana, como ao oferecer indenização, despesas médicas e assistência em casos graves.

5. Garantia internacional

Para quem compete fora do país, realiza viagens guiadas ou opera cicloturismo com estrangeiros, a proteção ultrapassa fronteiras. É uma forma de manter previsibilidade mesmo em outros territórios, onde logística, reposição e suporte custariam muito mais sem cobertura.

6. Danos elétricos (específico para e-bikes)

Bateria, motor e parte eletrônica são o coração de uma bike elétrica… e também sua parte mais cara. Afinal, uma falha no sistema pode parar uma operação inteira. Essa cobertura protege exatamente esse ponto crítico, reduzindo o impacto financeiro de pane ou sobrecarga.

7. Participação em competições

Provas e treinos têm outro ritmo, risco e intensidade. Para quem se aventura nesse cenário (seja atleta, empresa esportiva ou organizador de eventos) essa cobertura garante tranquilidade quando o esforço é maior e o limite é empurrado para além do comum.

O que o seguro bike não cobre?

As exclusões podem variar conforme seguradora, tipo de bike e nível de cobertura contratado, mas de forma geral não costumam ser cobertos:

1. Furto simples, quando a bicicleta é deixada sem travas ou sem sinais de arrombamento;
2. Desgaste natural, como pneus gastos, corrente esticada e manutenção não realizada;
3. Uso inadequado ou negligente, como alterações não declaradas ou peças irregulares;
4. Atos intencionais ou fraude no acionamento do seguro;
5. Competição e uso extremo, quando não contratada cobertura específica;
6. Peças, acessórios e upgrades não informados na apólice.

Quais as vantagens de fazer seguro bike?

Fazer seguro para bicicleta oferece:

1. Redução direta de prejuízo financeiro em furtos e roubos;
2. Estabilidade operacional para negócios que usam bicicletas;
3. Custos anuais menores que o valor do bem protegido;
4. Opção de seguro completo para proteção robusta.

Saiba mais!

1. Redução direta de prejuízo financeiro em furtos e roubos

Os números mostram que o risco relacionados a bicicleta não é exceção. Só nos dois primeiros meses de 2025, foram 838 furtos de bicicletas no estado do Rio, média de 14 por dia. No mesmo período do ano anterior, eram 526, um salto de 59%.

A capital carioca teve cenário ainda mais crítico: aumento de 106% nos registros, passando de 228 para 470 ocorrências. Os dados são do Instituto de Segurança Pública (ISP), publicados no portal O Globo. Em casos como esses, sem seguro, a perda financeira é total. 

2. Estabilidade operacional para negócios que usam bicicletas

Quando uma empresa depende de bikes para entregar serviço, cada bicicleta funciona como uma peça do fluxo operacional. Se uma delas é furtada ou danificada, o atendimento diminui, a capacidade de entrega cai, o faturamento reduz e a experiência do cliente é afetada.

Com seguro, a reposição é mais rápida e o prejuízo não interrompe o negócio. Logo, em vez de semanas parado para reorganizar a rota, como ao comprar outra bike ou cancelar reservas, a empresa mantém ritmo, agenda e receita em funcionamento.

Para entender melhor, pense no seguinte cenário hipotético:

Se a operação roda 25 dias/mês, a perda acumulada chega a R$ 12.000 por mês de faturamento não realizado. E olha, esse prejuízo é ao considerar apenas quatro bicicletas, número comum em furtos coletivos em hostels, cicloturismo e condomínios.

3. Custos anuais menores que o valor do bem protegido

Apólices básicas custam em média 8% a 10% do valor da bike ao ano, o que é muito inferior ao prejuízo de perder o equipamento inteiro. Por exemplo, para uma bike de R$ 3.500, o investimento ficaria entre R$ 280 e R$ 350 por ano, valor que não cobre nem metade do prejuízo se o bem for furtado.

4. Opção de seguro completo para proteção robusta.

Além dos planos básicos, existe a possibilidade de contratar uma cobertura completa, opção importante para quem quer reduzir ao máximo o risco de interrupção da operação. Nesse modelo, o custo anual gira em torno de 10% a 12% do valor da bicicleta, mas em troca o seguro passa a incluir proteções adicionais.

Quem exige o seguro bike?

Nenhuma lei obriga a contratação de seguro bicicleta, mas ele é muito recomendado para reduzir prejuízos em casos de roubo, furto ou danos. Mesmo sem exigência formal, fazer o seguro garante proteção financeira, continuidade de uso e segurança para ciclistas e empresas que operam com bicicletas.

Qual o valor do seguro bike?

O valor do seguro bike varia conforme modelo, uso, região e coberturas escolhidas. Em média, planos básicos custam entre 8% e 10% do valor da bicicleta ao ano, enquanto opções completas podem chegar a 10% a 12%, nesses casos, oferecem proteções extras e maior segurança patrimonial.

Por exemplo, esses são alguns exemplos de valores de seguro bike para empresas:

Ou seja:

• a perda de uma única bike pode custar mais que um ano inteiro de seguro;
• em frotas, duas ou três ocorrências já pagam o investimento anual;
• quanto maior for o valor da bike, maior o risco financeiro.

Quais seguradoras fazem seguro bike?

Diversas seguradoras do Brasil oferecem seguro bike, como Porto Seguro, Akad Seguros, Berkley Seguros, Sompo Seguros, Essor Seguros e outras. A oferta varia conforme o estado e as coberturas desejadas. Por esse motivo, é recomendado solicitar cotação personalizada e comparar as opções de mercado para maior precisão.

O que é necessário para fazer seguro bike?

Para contratar um seguro bike, geralmente é preciso fornecer informações técnicas do equipamento e responder a um questionário de risco, que ajuda a seguradora a calcular o valor e definir as coberturas:

1. Valor e modelo da bicicleta;
2. Finalidade de uso (por exemplo, frota empresarial);
3. Local onde a bike é guardada;
4. Nível de segurança utilizado (trava, alarme, cabo de aço, rastreador);
5. Frequência de uso e região de circulação;
6. Nota fiscal e fotos para comprovação de propriedade.

Como acionar o seguro bike em caso de sinistro?

Para acionar o seguro, siga etapas que aceleram a análise e o pagamento da indenização. O processo geralmente envolve:

1. Registrar boletim de ocorrência, quando houver furto ou roubo;
2. Fotografar danos ou local do incidente, se aplicável;
3. Notificar a seguradora ou corretora imediatamente;
4. Enviar documentos solicitados, como NF, fotos e relato do ocorrido;
5. Preencher o aviso de sinistro com data, horário e contexto;
6. Aguardar a análise e aprovação, para receber indenização ou reposição.

Quais os documentos necessários para acionar o seguro bike?

Podem variar conforme a seguradora, mas existem itens comuns solicitados na maioria dos sinistros. Em geral, é necessário apresentar:

1. Boletim de Ocorrência, quando houver roubo ou furto qualificado;
2. Nota fiscal ou comprovante de compra da bicicleta e acessórios segurados;
3. Fotos atualizadas da bike, como número de série e componentes;
4. Documentos pessoais do segurado, como RG e CPF;
5. Comprovante de residência atualizado;
6. Relato detalhado do incidente, com data, horário e circunstâncias do evento;
7. Formulário ou aviso de sinistro preenchido.

Como contratar seguro bike?

Para empresas que desejam proteger bicicletas usadas em operações comerciais, a contratação pela Mutuus é simples, digital e mediada do início ao fim.

É o caso, por exemplo, de empresas de cicloturismo, operadoras de cicloturismo e ecoturismo, bem como hotéis, pousadas e resorts com bikes para hóspedes.

A Mutuus atua como corretora especializada que conecta seu negócio às seguradoras mais adequadas ao perfil e garante que você não precise lidar com burocracia ou análises isoladas.

O passo a passo funciona assim:

1. Simulação on-line no site da Mutuus – você informa o número de bikes, valor médio, tipo de uso e localização de operação;
2. Preenchimento do questionário de risco – são avaliados detalhes como guarda, frequência de uso, segurança, histórico de sinistros e finalidade comercial;
3. Curadoria técnica feita pela Mutuus – a corretora analisa os dados, cruza com opções de seguradoras e apresenta propostas com valores, coberturas e condições claras;
4. Escolha da cobertura adequada – decida entre planos básicos ou completos;
5. Envio de documentos e emissão digital da apólice – com aprovação, a apólice é gerada e a frota passa a operar segurada;
6. Gestão e acompanhamento em painel exclusivo – a Mutuus oferece uma área logada para controle de vigência, emissão de 2ª via, solicitação de novos seguros e acionamento em sinistro.