O que significa VGBL?
Para entender melhor esse conceito, vamos a um fato: depois de trabalhar uma vida inteira, o que a imensa maioria das pessoas deseja, ao chegar a uma certa idade, é poder parar e contar com uma boa aposentadoria.
Ter respaldo financeiro nesse período garante que se possa viver com tranquilidade – convenhamos, nada mais justo. Para alcançar esse objetivo, o VGBL tem sido o modelo escolhido por uma parte dos brasileiros.
Afinal de contas, infelizmente, o teto da Previdência Social não é nada atrativo, por isso, as pessoas acabam por buscar um plano de previdência privada para contratar por conta própria e não depender do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Ao fazerem isso, elas conseguem assegurar que terão uma velhice mais tranquila.
Nesse contexto, porém, há diferentes opções para quem busca esse tipo de produto. Cada uma tem as suas características, vantagens e atende necessidades distintas.
Neste artigo, trataremos especificamente sobre o VGBL, um dos modelos de previdência privada disponíveis no mercado brasileiro.
Acompanhe para saber todos os detalhes sobre o formato e entender se é o mais adequado para o seu caso!
O que é previdência privada?
Antes de tratarmos sobre o que é VGBL e todas as outras questões pertinentes a esse modelo especificamente, vale mencionar rapidamente o conceito de previdência privada e descrever o seu funcionamento.
Trata-se de um tipo de investimento que tem como finalidade o pagamento de uma renda no futuro, normalmente, uma espécie de aposentadoria. Geralmente, é utilizada como uma forma de complementar a aposentadoria do INSS.
No entanto, diferentemente do caso da aposentadoria “tradicional”, o investimento feito com a previdência privada é vinculado a uma instituição financeira e não tem relação com o INSS.
Assim, para garantir esse retorno quando você definir que já está na hora de se aposentar, é preciso, anteriormente, pagar um valor mensal para essa instituição.
Outro detalhe é que, para atender públicos distintos, existem dois principais planos de previdência privada.
Nesse sentido, há planos que oferecem mais proteção contra o risco de inflação e outros que priorizam o capital acumulado. A decisão de escolher entre um ou outro vai depender das necessidades e objetivos do investidor.
Como funciona a previdência privada?
O funcionamento da previdência privada é relativamente simples. Ele é formado por duas etapas: a fase de acumulação e a de usufruto.
Primeiramente, você, como investidor, escolhe o plano conforme o modelo mais adequado à sua situação financeira e aos seus objetivos.
Definido o modelo junto à instituição financeira (o Banco do Brasil ou a Caixa Econômica Federal, por exemplo), é feito um depósito mensal que será aplicado em produtos financeiros de renda fixa ou variável – fase da acumulação.
A rentabilidade desse investimento é justamente o que dará origem ao valor que será pago no futuro – ou seja, na fase de usufruto.
Contudo, é importante saber que, sendo um tipo de investimento, esses rendimentos essencialmente dependem do andamento do mercado financeiro.
Por esse motivo, para ter, no longo prazo, uma renda mensal interessante na aposentadoria por meio dessa previdência privada, o ideal é que o rendimento seja superior à inflação.
Agora que você entendeu esse funcionamento, é hora de saber especificamente o que é o VGBL…
O que é VGBL?
O VGBL é um dos modelos de plano de previdência privada comercializados no país. A sigla remete à Vida Gerador de Benefício Livre.
Esse modelo costuma ser comparado ao seguro de vida, pois pode garantir que os herdeiros recebam o pagamento do montante, em caso de morte do investidor.
Aliás, popularmente falando, ele é até chamado de seguro VGBL ou seguro de vida VGBL justamente por conta disso.
É importante deixar claro logo agora que os planos do tipo VGBL são indicados para quem declara o Imposto de Renda (IR) pelo modelo simplificado. Além disso, nesse caso, o imposto é calculado apenas sobre o ganho de capital.
Ter esses dois detalhes em mente é indispensável para entender como funciona o VGBL.
VGBL progressivo ou regressivo: como funcionam as modalidades?
As modalidades progressiva e regressiva do VGBL se diferenciam pela forma como o Imposto de Renda é cobrado no momento do resgate ou recebimento da renda.
Explicando melhor…
No VGBL progressivo, o imposto é calculado de acordo com a tabela progressiva do IR. A mesma usada para salários e aposentadorias? Exatamente.
Isso significa que a alíquota varia conforme o valor do saque: quanto maior o valor retirado, maior a porcentagem de imposto, podendo começar em 0% e chegar a 27,5%.
O que nos leva ao seguinte ponto: para quem essa modalidade é ideal? Para quem deseja mais flexibilidade, pois ela permite planejar os resgates e pagar menos imposto em retiradas menores.
Já no VGBL regressivo, a tributação é definida pelo tempo de permanência do investimento. A lógica é simples: quanto mais tempo o dinheiro fica aplicado, menor é a alíquota, que começa em 35% e pode cair para 10% após 10 anos.
Essa opção costuma ser mais vantajosa para quem pensa no longo prazo e não pretende fazer resgates frequentes.
O que é a taxa de carregamento no VGBL?
Outro conceito importante que você tem de entender diz respeito à taxa de carregamento no VGBL, que se trata de uma cobrança feita pela instituição financeira para cobrir custos administrativos e operacionais do plano de previdência.
Essa taxa pode ser aplicada na entrada (quando você faz o aporte), na saída (no momento do resgate) ou em ambos os casos.
Como falamos, essa taxa serve para custear despesas como corretagem, manutenção do plano e serviços de gestão.
Um detalhe sobre isso é que ela vem caindo em desuso e muitas instituições já oferecem planos sem cobrança dessa taxa.
Agora falando do caso específico do VGBL, é mais comum que essa taxa de carregamento seja cobrada na saída, ou seja, quando o investidor resgata o dinheiro ou começa a receber a renda da aposentadoria.
Vale lembrar que cada instituição tem liberdade para definir o percentual cobrado e, se quiser, pode isentar totalmente o investidor dessa taxa.
Um exemplo disso é a previdência privada comercializada pelo Santander, que tem taxa zero. Nas palavras da própria instituição:
“A Previdência Santander é a primeira do mercado em que você paga zero taxa para investir e zero taxa para resgatar o seu dinheiro. Para todos os clientes, sem exceção”
Como funciona o VGBL?
O VGBL é um tipo de plano de previdência privada voltado para quem deseja investir pensando no futuro, seja para complementar a aposentadoria ou formar uma reserva financeira de longo prazo.
Essa é a base desse conceito. Foi o que explicamos antes. Mas… e quando se trata do seu funcionamento na prática?
Vamos entender os detalhes sobre isso partindo do ponto de que o VGBL como um investimento administrado por seguradoras ou instituições financeiras, onde você aplica recursos e vê o valor crescer ao longo do tempo.
Esse crescimento, por sua vez, se dá com base no desempenho dos fundos escolhidos.
Os aportes podem ser feitos de forma periódica — mensal, anual ou conforme sua disponibilidade — e o dinheiro é aplicado em fundos de investimento.
Esses fundos de investimento podem ser de renda fixa, multimercado ou variável — tudo isso, é claro, vai de acordo com o seu perfil e o tipo de plano contratado. É sempre assim.
Nesse sentido, uma das principais características do VGBL é a forma de tributação: aqui, o Imposto de Renda incide só sobre os rendimentos, e não sobre o valor total que a pessoa vai resgatar.
A propósito, essa é a principal diferença entre VGBL e PGBL, um outro tipo de previdência privada (ainda vamos detalhar melhor isso neste conteúdo).
Outro ponto é que você consegue escolher entre dois regimes de tributação (falamos delas há pouco: tabela progressiva, em que o imposto aumenta conforme o valor do saque, ou tabela regressiva, em que a alíquota diminui conforme o tempo de investimento.
Em termos de quando se pode resgatar o dinheiro, isso pode ser feito a qualquer momento, respeitando as regras do plano, ou transformado em uma renda mensal como complemento da aposentadoria.
O imposto só é cobrado no momento do saque ou do recebimento dessa renda.
E como já explicamos antes, o VGBL pode ou não ter algumas taxas, como a taxa de administração, cobrada anualmente sobre o valor total aplicado, e a taxa de carregamento, que serve para cobrir custos operacionais.
Cada caso é um caso, então o que você tem de fazer é avaliar essas cobranças antes de contratar o plano, pois elas afetam diretamente a rentabilidade final.
Outro aspecto relacionado a como funciona o VGBL envolve o que pode ser chamado de “vantagem sucessória”: em caso de falecimento do titular, o valor acumulado é repassado diretamente aos beneficiários indicados.
Quais as diferenças entre VGBL e PGBL?
Outro tipo de plano de previdência privada existente é o PGBL, sigla para Plano Gerador de Benefício Livre.
Ele permite aproveitar incentivos fiscais para pagar menos impostos e multiplicar a poupança, sendo mais indicado para quem entrega a declaração completa do IR.
Isso significa que quem contrata o PGBL pode deduzir as contribuições realizadas no plano de sua renda tributável até um limite de 12% ao ano.
Assim, da mesma forma que faz com despesas em educação da declaração, o investidor poderá pagar um valor menor de imposto a cada ano.
Ainda não ficou tão claro?
Vamos imaginar o seguinte: no PGBL, a pessoa que entrega a declaração completa do IR pode abater as contribuições do imposto, até 12% da renda anual, diminuindo o valor a pagar e potencialmente multiplicando a poupança ao longo do tempo.
Por exemplo, se essa pessoa investe R$ 12.000 em um PGBL ao longo do ano, ela pode deduzir esse valor de sua base de cálculo do IR. Entendeu? Com isso, ela paga menos imposto na hora de fazer a declaração.
Já no VGBL, não há essa dedução.
Claro, é importante lembrar o que já comentamos antes: o imposto futuro incide só sobre os rendimentos, o que pode ser vantajoso para quem busca planejamento de longo prazo sem comprometer a tributação sobre o capital aplicado.
Quando o VGBL vale a pena?
Sobre o que vimos em relação ao PGBL, não quer dizer que ele seja melhor que o VGBL.
Na verdade, ambos têm vantagens e desvantagens e são mais ou menos convenientes de acordo com a situação em questão.
Os planos VGBL não incluem o benefício fiscal proporcionado pelo PGBL, mas, no resgate, o Imposto de Renda incide apenas sobre os rendimentos e não sobre o valor principal das contribuições.
Para quem é indicado o VGBL?
Há basicamente duas situações principais para as quais costuma ser indicado o VGBL.
Além de ser indicado para quem faz a declaração de IR no modelo simplificado, esse tipo de plano também é ideal para quem deseja investir mais do que 12% da renda bruta anual tributável.
Ainda, visto que esse plano funciona como um seguro de vida, ele é indicado também para quem deseja fazer um planejamento sucessório para determinar quem serão os seus herdeiros que ficarão com o dinheiro em caso de morte do investidor.
No mais, também costuma-se indicar o VGBL para pessoas jovens que estão começando a poupar, pois permite acumular patrimônio ao longo do tempo de forma gradual e segura.
É vantajoso aplicar em VGBL?
Agora que os conceitos básicos já foram dados, fica mais fácil entender que aplicar em VGBL pode sim ser vantajoso, porém, a resposta final sempre vai depender do seu perfil de investidor e quais são seus objetivos financeiros.
O principal benefício do VGBL é que o Imposto de Renda incide só sobre os rendimentos, e não sobre o valor total investido.
Trocando isso em miúdos?
Essa vantagem torna esse plano interessante para quem faz a declaração simplificada do IR, bem como para quem quer planejar a aposentadoria sem que grandes parcelas do investimento sejam tributadas ao resgatar.
Além disso, o VGBL oferece flexibilidade nos resgates: ele permite que você retire o dinheiro ou transforme o saldo em renda mensal futura, com possibilidade de escolher entre tabela progressiva ou regressiva de tributação.
Outro ponto positivo é a vantagem sucessória já tratada anteriormente: se o titular do VGBL falecer, os recursos vão diretamente para os beneficiários indicados, sem passar por inventário.
Dito tudo isso…
É vantajoso aplicar em VGBL? Sim, é vantajoso.
Apesar disso, você precisa ter em mente aqueles outros aspectos que já abordamos, como as taxas envolvidas, como a taxa de administração e, em alguns casos, a taxa de carregamento, que podem reduzir a rentabilidade do investimento.
No final de tudo, acaba sendo você a pessoa responsável por dizer se esse tipo de previdência privada vale ou não a pena: para alguns será; para outros, não.
Como é possível resgatar o VGBL?
O resgate do VGBL pode acontecer de três formas e o investidor pode escolher o modo que mais lhe convém para receber o valor da previdência privada:
- Vitalícia: o pagamento é realizado periodicamente, como uma aposentadoria tradicional;
- Pago por um período: o pagamento é realizado periodicamente durante um espaço temporal combinado;
- Pagamento único: o valor é recebido todo de uma só vez.
Contudo, é importante saber que os planos de previdência têm vantagens tributárias que só podem ser aproveitadas a longo prazo.
Isso significa que não vale a pena manter o dinheiro aplicado por pouco tempo e logo querer resgatá-lo. Nesses casos, é mais interessante optar por outro tipo de investimento.
Quanto tempo demora o resgate de VGBL?
O tempo para resgatar um VGBL, ou seja, o recebimento do dinheiro, é geralmente de até 5 dias úteis após a solicitação do resgate.
A gente diz “geralmente” por um motivo simples: esse período vai variar de acordo com o seu plano e a instituição financeira/seguradora.
Por conta disso, para saber exatamente quanto tempo demora, o que você precisa fazer é ler o regulamento do seu VGBL. Ele vai trazer regras específicas acerca disso.
Tomando o Banco do Brasil como exemplo, o pagamento do resgate é feito em até 10 dias úteis depois que a pessoa solicita. O valor é creditado na conta dela, o que pode ser na corrente ou poupança.
Quanto se paga de imposto para resgatar o VGBL?
Diferentemente do PGBL, no plano de previdência privada do tipo Vida Gerador de Benefício Livre, o investidor paga IR somente sobre os rendimentos, e não sobre o valor acumulado – que é o caso do PGBL.
Uma vez que não se paga imposto no período de acumulação, isso significa que a vantagem do VGBL em relação à tributação é maior no resgate da aplicação.
O plano VGBL está sujeito à tributação dos lucros conforme a tabela progressiva ou regressiva.
Com isso em mente, para quem deseja investir a longo prazo, é aconselhado sempre a optar pela tabela regressiva, pois isso possibilita que, depois de dez anos de aplicação, a alíquota do IR caia para somente 10%.
O percentual é muito bom se comparado às outras opções de investimento disponíveis no mercado.
Apenas para ilustrar, na tabela regressiva, se o investimento for de até dois anos, a alíquota pode chegar a 35%. Portanto, se tiver urgência e desejar resgatar o valor apenas alguns meses depois, é mais indicado que se procure outros produtos financeiros.
O VGBL é isento de IR?
Exemplificamos nos tópicos anteriores, mas é importante pontuar alguns detalhes a mais aqui, afinal, o VGBL possui uma situação especial em relação ao Imposto de Renda (IR).
E o primeiro desses detalhes é que se o benefício for pago a um beneficiário após o falecimento do titular do VGBL, o valor é considerado uma indenização e, portanto, é isento de IR.
Além disso, esse benefício não entra no inventário e não está sujeito ao ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação), pois não é considerado herança segundo o Código Civil.
Por outro lado, e aqui entramos no segundo detalhe, se o próprio titular fizer o resgate do plano enquanto estiver vivo, aí sim o montante recebido estará sujeito à tributação do Imposto de Renda, de acordo com a tabela escolhida (progressiva ou regressiva).
Quanto rende o VGBL?
O rendimento do VGBL para o investidor vai depender de diversos fatores. Em primeiro lugar, podemos citar o montante da contribuição efetuada ao longo dos anos. É evidente que quem investiu valores mais altos terá também rendimentos maiores.
Outro fator importante é o retorno obtido nos investimentos. Isso porque, quando contrata o plano de previdência privada, o investidor escolhe um fundo de investimento gerido por uma equipe, responsável por escolher como o dinheiro será investido, conforme a estratégia daquele fundo.
Assim, é possível ser mais conservador ou arrojado, e o investidor deverá definir qual será o seu perfil antes de investir no VGBL.
Mas as taxas e impostos também impactam no rendimento da previdência privada. Como já mencionamos, dependendo do plano, eles podem variar. Então, você precisa saber que isso também será conforme o fundo de investimento escolhido.
Quanto rende 100.000 no VGBL ao mês?
O rendimento mensal de R$ 100.000 no VGBL depende da rentabilidade anual do fundo escolhido, da seguradora/instituição financeira e do prazo do investimento.
Não é possível determinar um rendimento que valerá para todos os casos.
Apesar disso, vamos considerar um cenário hipotético para você ter uma noção de como funciona e quanto ficará o rendimento.
Considere, por exemplo, um fundo com rentabilidade anual de 5% renderia cerca de R$ 417 por mês com os R$ 100.000 iniciais.
O que é melhor: VGBL ou poupança?
Uma dúvida comum que surge quando o assunto é previdência privada é se ela é melhor que a poupança.
É fato que a rentabilidade da previdência privada é superior à da poupança, uma vez que a segunda tem um rendimento realmente baixo.
Mas existem outros pontos a serem mencionados, já que se trata de dois produtos bem diferentes.
A poupança é uma conta específica com rentabilidade definida pelo Banco Central e serve para guardar um dinheiro que você tem.
Um plano de previdência privada, como o VGBL, por outro lado, é um investimento que garante uma renda complementar quando você se aposentar e que exige que se determine um valor e uma periodicidade de contribuição.
Logo, para quem deseja receber um valor no futuro, durante a aposentadoria, a previdência privada é mais interessante.
Por outro lado, se você quer a possibilidade de retirar o dinheiro quando desejar sem pagar taxas e impostos, mesmo rendendo menos, a poupança é mais indicada.
Qual é a principal vantagem do VGBL?
Uma das maiores vantagens do VGBL em relação ao PGBL é, sem dúvida, o fato de que o plano permite que o investidor defina quem vai receber o valor que sobrar, caso ocorra algo com ele.
Isso é muito interessante, pois a legislação brasileira obriga que entre 50% e 100% do patrimônio de uma pessoa fique com os seus “herdeiros necessários”.
No caso do VGBL, você pode indicar quem deseja que sejam os beneficiários, independentemente do parentesco. E tem mais: esse dinheiro não passa pelo processo de espólio ou inventário, como é o caso com cotas de fundos de investimento.
Isso é um ponto muito importante porque esses processos costumam ser muito demorados e levar anos.
Já no caso da previdência privada desse tipo, a família recebe o valor mais rapidamente – normalmente, em menos de um mês.
Além disso, como falamos há pouco, o valor do VGBL também é isento do pagamento do Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doações (ITCMD).
A tributação é estadual e tem diferentes alíquotas conforme o estado em questão. Mas para se ter uma ideia, pode chegar a 8% no Rio de Janeiro, por exemplo.
Ademais, resumindo tudo que já mencionamos até aqui, abaixo listamos outras vantagens do VGBL:
- A tributação só é cobrada sobre a rentabilidade;
- Excelente rentabilidade a longo prazo;
- Isenção dos “come-cotas”, ou seja, não há cobrança semestral de IR sobre os rendimentos.
E as desvantagens do VGBL?
Um ponto importante a ser observado ao contratar um plano de previdência privada do tipo VGBL são os custos.
Esse tipo de investimento tem uma taxa de administração, comum em qualquer fundo, que remunera o gestor responsável pela escolha dos ativos financeiros nos quais os cotistas investem.
No entanto, além disso, há também uma taxa de carregamento, que corresponde a um percentual de dinheiro investido no plano mensalmente.
Se essa taxa for de 6%, o investidor que aplicar R$ 1 mil mensais, vai pagar R$ 60 para remunerar o distribuidor do produto. Logo, quando essa taxa for alta, o investimento pode não ser tão vantajoso.
Outra desvantagem é o fato de que, como a maioria dos fundos de investimentos, o plano VGBL não tem garantia de rendimento.
O investimento pode ser feito em ativos de renda fixa e variável e, segundo a legislação, até 49% pode ser aplicado na Bolsa. Mas caso você deseje assegurar um risco baixo, é indicado optar por planos com percentual baixo ou nenhum recurso em Bolsa.
Veja outras desvantagens desse plano:
- Ausência de cobertura do Fundo Garantidor de Crédito, que evita a perda do valor investido em caso de falência da instituição bancária;
- Na declaração do IR, os valores pagos não são abatidos da base de cálculo.
Afinal, o que é mais vantajoso: PGBL ou VGBL?
Agora que já sabe tudo sobre a modalidade, você deve estar se perguntando qual é o plano mais vantajoso no seu caso, se é o VGBL ou o PGBL.
É importante saber que ambos são estruturados como planos de acumulação financeira e funcionam com contribuição definida – diferentemente de outros tipos de aplicação, por exemplo, a poupança.
Ainda, nesse caso, o benefício que o investidor poderá resgatar depende diretamente do montante acumulado durante o período de investimento.
Em relação à incidência de taxas, tanto o VGBL quanto o PGBL têm taxas de carregamento e de administração.
Entretanto, uma diferença importante a ser considerada é que, enquanto a vantagem fiscal do PGBL é maior na fase de acumulação, no VGBL, ela é maior no resgate.
Por fim, essa decisão deve ser baseada em alguns fatores citados ao longo do artigo, como o tipo de declaração de Imposto de Renda que você faz, se o investimento é de longo prazo ou não, se você deseja deixar o valor para beneficiários específicos em caso de morte.
Tudo isso precisa ser avaliado e pesado na hora de escolher um plano de previdência privada adequado para as suas necessidades, que garantirá a merecida tranquilidade no futuro.
Dúvidas frequentes sobre VGBL
Além de todas as nuances que falamos até aqui, há mais algumas perguntas que você pode estar se fazendo. Confira:
Seguro VGBL: o que é?
O conceito “seguro VGBL” na verdade não é um seguro, mas sim um plano de previdência privada que combina investimento de longo prazo com proteção financeira para os beneficiários.
Ele é administrado por seguradoras e instituições financeiras e funciona como uma espécie de aplicação financeira com cobertura de seguro de vida.
No VGBL, você faz aportes periódicos que são aplicados em fundos de investimento (renda fixa, multimercado ou variável), permitindo que o valor cresça ao longo do tempo.
Sobre a tributação do imposto de renda, ela incide somente sobre os rendimentos, e não sobre o valor total investido, quando o resgate é feito pelo titular.
O que é o VGBL Caixa?
O VGBL Caixa é um plano de previdência privada oferecido pela Caixa Econômica Federal.
Ele funciona como uma poupança de longo prazo para complementar a aposentadoria, onde o investidor aplica dinheiro periodicamente para que ele renda ao longo dos anos.
Como a própria instituição ressalta, esse produto é “uma forma de investimento em que você contribui com uma quantia em dinheiro por um determinado período e esse valor fica rendendo.”.
A Caixa também pontua algo muito importante a se considerar ao dizer que “quanto mais você investir e em maior tempo, mais seu dinheiro cresce”.
VGBL: qual o significado da sigla?
A sigla VGBL significa Vida Gerador de Benefício Livre. É uma modalidade de previdência privada na qual o Imposto de Renda (IR) incide só sobre a rentabilidade acumulada.
O que é aplicação em VGBL?
A aplicação em VGBL é o ato de investir seu dinheiro em um plano de previdência privada que funciona como uma poupança para a aposentadoria, mas sem um benefício fiscal dedutível do imposto de renda no momento dos aportes.
Em vez disso, o Imposto de Renda incide exclusivamente sobre os rendimentos acumulados no resgate, não sobre o valor total aplicado, o que é uma vantagem para quem faz a declaração do imposto simplificada.
Como funciona o plano de previdência privada VGBL?
O plano VGBL funciona como um investimento de longo prazo onde você faz aportes regulares em fundos de investimento, acumulando patrimônio para o futuro.
Ao resgatar, o imposto de renda incide sobre os rendimentos, e não sobre o total investido, e as contribuições não podem ser deduzidas do IR.
VGBL Bradesco: o que é?
VGBL Bradesco é um produto de previdência privada que oferece uma reserva financeira com foco na sucessão patrimonial.
Ele é ideal para quem declara o Imposto de Renda de forma simplificada, pois não permite dedução das contribuições, mas garante a tributação apenas sobre os rendimentos no resgate.
Em outras palavras, é uma forma de planejar o futuro, já que permite acumular recursos com a flexibilidade de escolher os fundos de investimento e beneficiar os herdeiros de forma eficiente.
Nas palavras do Bradesco, o VGBL que a empresa comercializa “é ideal para você organizar suas finanças e o futuro da sua família”.
VGBL no Banco do Brasil: como funciona?
O VGBL do Banco do Brasil funciona como um plano de previdência privada onde o imposto de renda é cobrado somente sobre os rendimentos no momento do resgate ou recebimento do benefício, e não sobre o total investido.
Quanto rende o VGBL por mês?
O rendimento mensal de um VGBL varia de acordo com o fundo de investimento escolhido, mas uma estimativa média de retorno anual fica entre 6% e 12%.
Para um VGBL render um valor específico por mês, é preciso aplicar uma fórmula de juros compostos usando a rentabilidade anual do fundo escolhido.
Como funciona o resgate da previdência privada VGBL?
O resgate do VGBL funciona mediante o fim do período de carência, onde o investidor solicita à seguradora/instituição financeira, através de canais (site ou aplicativo, por exemplo), a retirada do valor.
O pagamento, que pode ser feito de uma só vez ou em renda, é tributado sobre os rendimentos acumulados, seguindo a tabela progressiva ou regressiva do Imposto de Renda (IR) escolhida na hora que a pessoa contratou o plano.
O VGBL da Caixa é um bom investimento?
O VGBL da Caixa pode ser uma boa opção, mas isso se baseia, obrigatoriamente, no seu perfil e objetivos financeiros.
E por quê?
Porque diferente do PGBL, o VGBL não permite deduzir os aportes do Imposto de Renda, mas tem a vantagem de que o IR incide apenas sobre os rendimentos no momento do resgate.
Nesse sentido, a Caixa Econômica Federal oferece planos de VGBL com baixo risco, garantindo mais segurança ao investidor, embora o rendimento após taxas de administração não seja tão alto quanto outros investimentos de maior risco, como ações ou fundos multimercado.
Ainda assim, ele costuma ser mais rentável que a poupança, sendo uma opção interessante para quem busca crescimento do patrimônio de forma segura.
Além disso, o processo de contratação é simples: você pode abrir o plano presencialmente em uma agência ou online, com orientação passo a passo sobre valores, tempo de contribuição e vantagens do VGBL.
É bom investir no VGBL?
O VGBL é um bom investimento para quem quer construir patrimônio de longo prazo e ter uma renda complementar para a aposentadoria, especialmente para quem faz a declaração de Imposto de Renda no modelo simplificado, por tributar apenas a rentabilidade e não os aportes.
Ele também é uma excelente ferramenta de planejamento sucessório, pois permite que o valor acumulado seja repassado rapidamente aos beneficiários, sem passar por inventário.
Ficou com alguma dúvida?