Existe um motivo que explica a importância inegável do seguro Pix:
Ao passo que o Pix virou parte da vida de milhões de brasileiros (aliás, é o meio de pagamento mais usado, conforme a 7ª edição da pesquisa “O Brasileiro e sua Relação com o Dinheiro”, feita pelo Banco Central do Brasil), ele também abriu brechas para riscos.
Estamos falando de roubos e transferências feitas sob ameaça.
Como ressalta Gustavo Monteiro, diretor geral da AllowMe, plataforma de prevenção à fraude e proteção de identidades digitais:
“O que veio como uma facilidade para a sociedade acabou sendo subvertida para os fraudadores. Os criminosos entenderam que, na prática, cada pessoa tem um banco no celular, com dinheiro na conta ou possibilidade de crédito, e passaram a se aproveitar dessa situação”.
E foi justamente diante dessa problemática que surgiu o seguro Pix, uma forma de proteger seu dinheiro e garantir mais tranquilidade.
Há vários detalhes sobre esse produto, então vamos esclarecê-los ao longo deste artigo. Boa leitura!
O que é o seguro Pix?
O seguro Pix é uma proteção que cobre prejuízos causados por transações bancárias via Pix indevidas feitas em situações de ameaça, coação, roubo ou furto do celular.
Um detalhe que precisamos falar aqui é que, embora o nome do produto seja “seguro Pix”, você verá que a sua cobertura também pode valer para outras transferências, como TEDs, DOCs ou TEFSs.
Na dúvida, entenda bem sobre o produto antes de contratá-lo para saber se ele cobre só Pix ou outros tipos de transferências e até mesmo outros tipos de situações.
Ainda, outro detalhe igualmente relevante é saber que o seguro Pix eventualmente pode estar dentro de outro seguro mais completo. Nesse caso, ele vira uma cobertura.
O Mercado Pago, por exemplo, além das várias coberturas que oferece em seu seguro, tem a cobertura para saque, compra e Pix sob coação.
O mesmo acontece no banco Santander, que vende o seguro chamado “Transação Protegida”. Ele tem várias coberturas, sendo uma delas a de proteção contra transações via Pix indevidas.
Mas voltando ao que estávamos falando…
A finalidade do seguro Pix propriamente dito é proteger contra situações de violência ou perda do celular que levem a movimentações indevidas de Pix.
Quem pode fazer o seguro Pix?
A gente precisa esclarecer bem este aspecto porque, quando se trata de quem pode fazer o seguro Pix, há duas respostas possíveis, ambas válidas.
De um lado, o seguro Pix é voltado para empresas como bancos, fintechs, insurtechs, empresas de cartões e cooperativas.
Essas organizações contratam o seguro Pix por meio de uma corretora (como a gente, a Mutuus Seguros) para oferecê-lo aos seus clientes, parceiros e colaboradores.
É uma forma de elas agregarem segurança e valor aos serviços que já disponibilizam no mercado.
Do outro lado, porém, o seguro Pix (como você já deve imaginar por conta do que acabamos de explicar) também pode ser contratado pelos próprios clientes dessas empresas.
Ou seja:
- Empresas podem contratar e oferecer aos seus clientes, parceiros e colaboradores;
- Clientes podem contratar, mas somente por meio dessas empresas que oferecem o seguro Pix após o terem contratado com uma corretora de seguros.
Como funciona o seguro Pix?
O seguro Pix, de forma resumida, é um reembolso que a pessoa recebe se tiver prejuízo financeiro devido a uma transferência via Pix feita à força (como em um assalto) ou após o roubo do seu celular.
Vamos pensar em um cenário hipotético?
Imagine que você está na rua e é abordado por um assaltante. Ele obriga você a fazer transferências via Pix pelo aplicativo do seu banco: R$ 4 mil reais.
Você, obviamente, com medo e prezando pela própria vida, faz a transferência. O assaltante vai embora e ainda leva seu celular.
Tenso? Com certeza. E o tipo de situação que não só pode acontecer, como acontece.
Em Salvador, por exemplo, uma influenciadora foi sequestrada por 3 homens encapuzados após ter saído de casa e obrigada a fazer uma transferência via Pix (CNN Brasil).
Nesse ponto, podemos levantar o seguinte o questionamento:
“E se ela tivesse um seguro Pix?”
Se fosse esse o caso, ela poderia acionar o seguro. A seguradora iria analisar o caso e, se estivesse tudo certo, devolveria o valor perdido.
O que o seguro Pix cobre?
O seguro Pix cobre transações bancárias indevidas feitas em situações específicas ligadas a violência física, ameaça ou roubo do celular.
Nesse caso, como falamos lá no começo, além de cobrir as transferências via Pix, também pode fazê-lo em caso de transferências TED, DOC ou TEF.
O ponto principal que une todos esses cenários é que a transferência tenha sido feita sob ameaça, coação ou sequestro.
Em alguns planos de seguro Pix, a cobertura pode acabar se ampliando, indo além do cenário de transferências indevidas. Nesses casos, o seguro até pode ter outros nomes, incluindo outras coberturas, como:
- Saques obrigados sob coação;
- Compras feitas à força;
- Morte acidental (o seguro oferecido pelo PagBank cobre isso, por exemplo);
- Invalidez por acidente.
O que estamos ressaltando aqui é que cada empresa que comercializa o seguro aos seus clientes, por exemplo, define os próprios detalhes e limites dos seus planos de seguro.
Então, o que é ideal fazer diante disso? Sempre checar o que exatamente está no contrato antes de contratar o seguro.
Quais os riscos que o seguro Pix não cobre?
O seguro Pix é excelente e você já conseguiu entender os motivos específicos disso, porém… nem todo tipo de situação é coberta.
Isso acontece em todo tipo de seguro: cenários que até podem acontecer, mas o seguro não vai servir para proteger porque não cobre aquela situação específica.
Esses cenários são os chamados riscos excluídos.
No seguro Pix, tais riscos (e você precisa estar ciente de todos eles antes de contratar o seguro) são:
- Transferências feitas fora do período em que o seguro está ativo;
- Transações feitas fora do app da conta digital, como por WhatsApp ou Telegram, ou usando outra conta que não seja a indicada no seguro;
- Transferências com erro do sistema do banco ou do aplicativo;
- Morte ou invalidez por qualquer motivo, mesmo em caso de acidente (você viu acima que, dependendo do plano, essa cobertura pode existir, mas, de forma geral, ela fica de fora);
- Qualquer situação em que o próprio segurado tenha agido com má intenção, negligência grave ou imprudência;
- Reembolso para compra de um novo celular ou de outros bens mesmo que tenham sido levados durante o evento coberto (se você busca esse tipo de proteção, o seguro adequado é o seguro para celular);
- Golpes — estelionato e extorsão, por exemplos — feitos de forma indireta;
- Golpes em que a pessoa é enganada com mentiras bem elaboradas (engenharia social) — contratualmente falando, as seguradoras conceituam isso como “indução do segurado a erro, mediante artifício ardil”;
- Transferências realizadas por outra pessoa quando ameaçada ou pressionada a fazer isso. “Mas e se o segurado tiver autorizado essa pessoa?” Ainda assim o seguro Pix não cobre;
- Fraudes cometidas por comerciantes, administradoras de cartão ou estabelecimentos.
Quais as vantagens de fazer o seguro Pix?
Fazer o seguro Pix é um jeito prático e acessível de se proteger financeiramente em casos de roubo, furto do celular ou situações em que você é obrigado a fazer uma transferência sob ameaça.
É por isso que a principal vantagem dele é o reembolso do valor perdido em transações indevidas.
No dia a dia, ter essa proteção significa que, em um momento de tensão e risco, você não precisa se colocar em risco (reagir para evitar fazer a transferência) nem arcar sozinho com o prejuízo financeiro depois.
Outro ponto positivo do seguro Pix é o custo, que costuma ser baixo. Há, por exemplo, planos a partir de R$ 2,90 por mês.
Mesmo os planos mais completos, com coberturas mais amplas, o seguro continua com preços acessíveis.
Qual o valor do seguro Pix?
A gente acabou de falar do valor do seguro Pix e você vai notar que isso é algo varia bastante.
O custo, no final, depende da empresa — do banco, por exemplo — com quem você vai contratar, já que cada uma, por terem planos diferentes, cobram valores diferentes.
No geral, como já abordamos, o custo é baixo. Para você ter uma ideia melhor sobre a faixa de preço, vamos considerar alguns dos planos de seguro Pix oferecidos no Brasil no momento.
O preço pode mudar com o tempo? Com certeza e, dependendo de quando você estiver lendo isso, ele pode ter aumentado ou diminuído.
De qualquer forma, uma base de preço atual é:
- Seguro Pix Inter: R$ 3,50 por mês no plano Standard e R$ 8,00 no plano Plus;
- Seguro Pix Banco do Brasil: R$ 9,90;
- Seguro Pix Inter Bradesco: entre R$ 9,99 e R$ 15,99;
- Seguro Pix Itaú: a partir de R$ 2,90;
- Seguro Pix Mercado Pago: R$ 5,99.
Com tantas opções no mercado, você provavelmente vai se questionar:
“Qual o melhor seguro Pix?”
Aqui, você precisa considerar algumas coisas, como as coberturas que o seguro vai oferecer.
Outro ponto é o período de carência, que se trata do período em que você ainda não pode acionar o seguro.
O valor da indenização que você recebe em caso de sinistro também influencia na escolha, já que ele pode ser maior (deixando o seguro mais caro) ou menor.
Quais empresas fazem o seguro Pix?
No Brasil, algumas empresas, como os bancos, fazem o seguro Pix para seus clientes.
Alguns deles são:
- Banco Inter;
- Banco do Brasil;
- Santander;
- Mercado Pago;
- PagBank;
- PicPay.
E quais seguradoras vendem o seguro Pix?
Como explicamos lá no começo, quem vai contratar o seguro com as seguradoras (isso, claro, feito por meio de uma corretora de seguros) são pessoas jurídicas, como os bancos e as cooperativas.
Entre essas seguradoras estão:
- Kovr Seguros;
- BNP Paribas Cardif Brasil;
- Yelum Seguros;
- AIG Seguros;
- Akad Seguros;
- Tokio Marine Seguradora.
O que é necessário para cotar seguro Pix?
Na hora de contratar um seguro Pix, há dois cenários possíveis. O primeiro deles envolve a pessoa física que quer fazer o seguro por meio do banco em que é cliente.
Se for esse o seu caso, você vai ter que preencher algumas informações. É uma etapa obrigatória. Todo seguro tem.
De forma geral, a contratação do seguro Pix é bem simples. Não há tantas perguntas. No caso de bancos, por exemplo, como eles já possuem algumas informações sobre você, é comum perguntarem:
- Como deseja pagar o seguro: crédito ou débito?
- Quais coberturas quer contratar, além da cobertura para transações indevidas via Pix?
Em outros casos, como no Banco do Brasil, você terá de preencher outras informações, como:
- Quais seus dados pessoais: nome completo, CPF, e-mail e data de nascimento?
- Qual o número da sua agência e conta?
Além desse cenário que envolve a pessoa física, existe o cenário que já comentamos antes: quando uma empresa faz o seguro para comercializar para sua base de clientes — o caso de um banco, por exemplo.
Embora ainda se trate de um processo de contratação, as perguntas que a empresa interessada em fazer o seguro terá de responder são bem distintas.
Aqui, há alguns cenários envolvendo algumas perguntas específicas. Cada caso é um caso.
Para deixar mais palpável para você, vamos considerar um seguro Pix que vem em forma de “cobertura” dentro de um seguro para cartão de crédito mais amplo, ou seja, que traz proteções para saque e compra sob coação, perda, roubo e furto do cartão, etc.
Entre as perguntas que a empresa terá de responder estão:
- Quais os dados do estipulante?
- Qual é a base total de clientes?
- Qual é a base ativa de clientes?
- Qual a quantidade de cartões de créditos?
- Quantidade de cartões de créditos ativos (utilização últimos 30 dias)?
- Qual a quantidade mensal de novos cartões?
- Qual o tempo médio de relacionamento dos clientes com cartão de crédito?
- Valor médio das faturas (por faixa)?
- Quais os valores mínimos, médios e máximos dos limites de crédito dos cartões?
- Quais os valores mínimos, médios e máximos do saldo devedor dos cartões?
- Qual é o limite de saques diários?
- Qual a renda média e idade do cliente?
- Qual o número de clientes ativos com aplicativos?
- Quais os tipos de transações feitas pelo cliente?
Como acionar o seguro Pix em caso de sinistro?
Se você sofreu um golpe ou prejuízo coberto pelo seguro Pix, o primeiro passo é comunicar imediatamente a seguradora e reunir todos os documentos necessários.
Vamos já falar melhor dos documentos.
A partir da entrega completa dessa documentação, a seguradora tem até 30 dias corridos para analisar o caso e pagar a indenização.
Se a seguradora pedir mais documentos ou informações, esse prazo é pausado até que você envie tudo corretamente e só depois disso o prazo volta a contar.
O valor da indenização é depositado diretamente na conta bancária que você indicar.
Um detalhe é que, se for preciso, a seguradora pode solicitar documentos oficiais, como boletins de ocorrência ou resultados de investigações, para buscar o ressarcimento junto aos responsáveis pelo golpe.
Quais os documentos necessários para acionar o seguro Pix?
Os documentos para acionar o seguro Pix, que, como falamos, fazem parte do processo de indenização, são:
- Laudo do exame pericial (se aplicável);
- Boletim da ocorrência e aditamentos;
- Inquérito policial;
- Depoimentos;
- A depender do caso, poderão ser solicitados boletins de ocorrência lavrados de forma presencial na delegacia;
- Documento de identificação (R.G. ou outro), C.P.F. e comprovante de residência;
- Extratos da conta digital registrada no bilhete, devendo estar indicado os lançamentos que não são reconhecidos pelo segurado como movimentação própria;
- Nos sinistros que envolva furto qualificado ou roubo do dispositivo móvel, informar o número de série (IMEI) do dispositivo móvel e o número do protocolo fornecido pela operadora relativo ao pedido de bloqueio do número de série (IMEI) do dispositivo móvel e sua inclusão no Cadastro de Estações Móveis Impedidas (CEMI).
Como contratar o seguro Pix?
Se você é cliente de um banco, por exemplo, poderá contratar o seguro Pix diretamente pelo aplicativo da sua conta digital.
É só acessar a área de seguros dentro do app, escolher o plano que melhor atende às suas necessidades e finalizar a contratação de forma rápida e prática, tudo pelo celular.
Você também pode contratar o seguro Pix pelo site do banco.
Um detalhe que temos de pontuar aqui é o seguinte: entendemos que a maior parte dos leitores deste artigo faz parte desse caso, então o processo basicamente é esse.
Porém, além desse, há o segundo cenário que comentamos lá no tópico “Quem pode fazer o seguro Pix?”: o de empresas que vão contratar o seguro Pix para oferecer aos seus clientes, por exemplo.
Se for esse o seu caso, você pode contratar por meio da Mutuus Seguros. Nós simplificamos todo o processo e você recebe as principais cotações das melhores seguradoras do mercado.
Portanto, se sua empresa é:
- Um banco;
- Uma fintech;
- Uma empresa de cartão;
- Ou uma cooperativa.
E você quer oferecer o seguro Pix aos seus clientes, parceiros ou colaboradores, contrate-o agora mesmo com a gente.
Dúvidas frequentes sobre o seguro Pix
Ao longo de todo este texto, falamos sobre as principais nuances relativas ao seguro Pix.
Pode acontecer, no entanto, de você ficar com alguma dúvida específica. Esclarecemos mais alguns detalhes a seguir:
Como posso ter um Pix seguro?
Essa é uma pergunta bem ampla, contudo, para usar o Pix com mais segurança, você tem de tomar algumas ações.
A primeira delas é proteger o celular com senha, biometria ou reconhecimento facial. Também é importante manter sigilo sobre seus dados bancários e nunca repassar senhas ou códigos.
Outra boa dica é definir limites de valor para transferências Pix.
Além disso, e com certeza a melhor dica de todas, contrate um seguro Pix: como explicamos, ele cobre prejuízos causados por transferências feitas sob ameaça, roubo do celular ou até sequestro relâmpago.
O que fazer quando faz um Pix errado?
Se você fez um Pix errado, seja enviando para a pessoa errada ou colocando o valor incorreto, a primeira coisa que tem de fazer é entrar em contato com quem recebeu o dinheiro.
Se for alguém conhecido, fica mais fácil pedir o valor de volta; se você mandou para um desconhecido, explique o erro e solicite a devolução de forma educada.
Agora, se o Pix foi feito dentro de um golpe ou sob ameaça, aí entra o cenário que abordamos neste artigo desde o começo: se você tiver o seguro Pix, basta acioná-lo, afinal, isso também se configura como “fazer um Pix errado”.
Ficou com alguma dúvida?