Por que o seguro operador portuário é tão importante?
Bem, se você trabalha com operações em portos, sabe que imprevistos fazem parte da rotina.
Uma falha em um guindaste, um acidente durante a movimentação de cargas ou até mesmo um dano a terceiros podem gerar prejuízos grandes e inesperados.
E é aí que entra a necessidade desse seguro para operador portuário, sobretudo porque se trata de uma proteção sob medida para quem lida com riscos nesse tipo de ambiente.
Veja esses e outros detalhes sobre esse seguro no conteúdo que preparamos e confira os motivos para contratar essa apólice o quanto antes.
O que é seguro operador portuário?
O seguro operador portuário é uma modalidade de proteção voltada para empresas ou indivíduos que prestam serviços relacionados a movimentação de cargas, embarcações e armazenamento de mercadorias em portos.
Esse tipo de apólice oferece cobertura para danos causados a terceiros durante a realização dessas atividades, bem como para eventuais prejuízos decorrentes de acidentes, roubos ou furtos, falhas operacionais, entre outras situações.
É uma forma de garantir a segurança e a qualidade dos serviços prestados, além de proteger as finanças da empresa em casos de imprevistos.
Como funciona o seguro operador portuário?
O melhor jeito de entender como funciona o seguro operador portuário é analisando um tipo de situação que pode acontecer e levar ao acionamento da proteção.
Imagine, por exemplo, um operador portuário que usa guindastes para carregar e descarregar contêineres em um porto.
Durante uma operação rotineira, no entanto, um guindaste acaba apresentando falha e derruba um contêiner.
Fora a carga, que sofreu danos, o próprio guindaste e a estrutura do porto também foram danificados.
Se a gente imaginar esse cenário sem o seguro operador portuário, esse operador teria que arcar com todos os custos de reparo do guindaste, reposição da carga danificada, além de possíveis indenizações a terceiros por danos materiais.
Ou seja, tudo ia sair do bolso desse operador.
Com o seguro, no entanto, o cenário é totalmente diferente: assim que acontecesse esse tipo de situação, bastaria acionar a seguradora para cobrir os custos.
Claro, há todo um processo de acionamento de sinistro, documentação, análise para ver se realmente a cobertura vai cobrir tudo o que aconteceu…
Mas, de forma geral, olhar para esse tipo de situação, que, infelizmente, pode acontecer, já ajuda na compreensão de como funciona o seguro operador portuário.
O que cobre o seguro operador portuário?
O seguro operador portuário pode oferecer cobertura para diversas situações, dependendo das necessidades da empresa ou indivíduo que contrata a apólice.
Algumas das proteções mais comuns incluem:
Responsabilidade civil
A responsabilidade civil é uma das principais coberturas oferecidas pelo seguro operador portuário.
Ela se refere à obrigação legal de indenizar terceiros por danos causados durante as atividades da companhia, sejam eles materiais ou corporais. Isso inclui, por exemplo:
- danos causados a navios;
- equipamentos;
- mercadorias;
- infraestrutura portuária;
- lesões corporais;
- morte de trabalhadores ou usuários do porto.
Para existir a responsabilização civil, é necessário comprovar alguns elementos, como a existência de um dano, uma conduta ilícita, como negligência, imprudência ou imperícia, e a relação de causalidade entre a conduta e o dano.
O seguro operador portuário, ao ter essa cobertura, garante a proteção financeira da empresa ou indivíduo segurado em caso de condenação judicial ou acordo extrajudicial para indenização de terceiros.
Danos a bens próprios
Outra proteção oferecida pelo seguro operador portuário é a de danos próprios, que garante a maior tranquilidade financeira em caso de prejuízos causados aos seus patrimônios, como equipamentos, instalações ou veículos.
Essa garantia é importante para cobrir gastos com reparos ou substituição de bens danificados, bem como para minimizar os impactos provenientes de interrupções nas atividades do porto.
Os prejuízos próprios podem ser causados por diversos fatores, como falhas operacionais, acidentes, roubos ou furtos. Assim, com essa modalidade, existe uma maior tranquilidade do segurado em relação a possíveis perdas relacionadas ao seu patrimônio.
Roubo, furto e desvio de cargas
Enquanto isso, situações de roubo, furto e desvio de cargas estão entre as principais preocupações de empresas que atuam no setor portuário, uma vez que esses crimes podem causar prejuízos financeiros significativos.
Por isso, o seguro operador portuário oferece cobertura para esses tipos de ocorrência, garantindo a proteção da empresa em caso de perdas ou danos causados ao transporte, ou armazenagem.
Ela também pode incluir diversas situações, como o desaparecimento de cargas, avarias decorrentes de tentativas de furto ou roubo, mesmo mal-sucedidas, e danos causados às embalagens das mercadorias.
Poluição marinha
A poluição marinha é um dos grandes desafios enfrentados pelo setor portuário.
O vazamento de produtos químicos, óleos e outros materiais tóxicos pode causar impactos significativos ao meio ambiente, afetando a saúde de animais e seres humanos que dependem dos recursos.
Nesse sentido, o seguro operador portuário oferece cobertura para danos ambientais nesse contexto, garantindo a proteção financeira do segurado em caso de ocorrência de acidentes.
A proteção pode incluir diversas situações, como:
- vazamentos de óleo de navios;
- derramamento de produtos químicos;
- descarte inadequado de resíduos;
- outras formas de poluição.
O seguro operador portuário também costuma atender gastos com a limpeza de áreas afetadas, custos com ações de recuperação ambiental e indenizações para terceiros afetados.
Responsabilidade civil do empregador (com extensão para o OGMO)
Cobre indenizações por morte ou invalidez permanente de funcionários, terceirizados e também dos trabalhadores portuários avulsos vinculados ao OGMO.
Isso, claro, nos casos em que eles sofram um acidente enquanto estiverem a serviço da empresa dentro do porto.
Se um estivador do OGMO sofre um acidente grave durante o içamento de uma carga, por exemplo. Caso a empresa seja responsabilizada, o seguro cobre as indenizações.
Danos elétricos
Protege contra danos em equipamentos e estruturas causados por falhas elétricas, como curto-circuito, arco voltaico ou variações anormais de tensão.
Há vários cenários aqui, mas um que pode acontecer é uma descarga elétrica danificar o painel de controle de um guindaste. A seguradora cobre os custos.
Quebra de máquinas
Essa proteção cobre os danos causados por falhas súbitas e inesperadas em máquinas e equipamentos usados nas operações portuárias.
Honorários de peritos e consultores
Garante o reembolso de despesas com especialistas contratados pelo segurado para:
- Apurar a causa de um sinistro;
- Quantificar prejuízos;
- Ou preparar a defesa da empresa em uma ação.
Se a empresa precisar contratar um especialista para comprovar que um acidente com carga não foi culpa da operação portuária. Os honorários desse profissional podem ser cobertos.
Despesas com aluguel de imóvel
Se o imóvel usado pela empresa sofrer incêndio, explosão ou queda de raio, a seguradora cobre de duas maneiras:
- Arca com o aluguel de um espaço temporário (isso, claro, se a empresa precisar mudar);
- Arca com a perda da receita de aluguel se o segurado for o proprietário do imóvel sinistrado.
Perda de receita bruta – equipamentos de manuseio
Essa cobertura protege a empresa contra perdas financeiras causadas pela paralisação de equipamentos de movimentação de carga após um sinistro coberto.
A exemplo disso, se um acidente danificar um guindaste e, por isso, a empresa ficar dias sem conseguir operar, é só acionar o seguro. Ele cobre a perda de receita nesse período.
Perda de receita bruta – bloqueio de atracadouro
Similar à cobertura anterior, se um sinistro causar o bloqueio do atracadouro, prejudicando a entrada ou saída de navios, o seguro cobre as perdas de receita bruta geradas pela interrupção.
Responsabilidade civil cruzada
A cobertura de responsabilidade civil cruzada garante a responsabilidade da empresa em relações contratuais com outros operadores que atuam na mesma área portuária, protegendo contra eventuais ações entre as partes.
Uma situação que exemplifica isso bem é se um acidente causado por uma empresa acabar afetando a operação de outra dentro do mesmo porto.
A proteção de RC cruzada, nesse caso, permite que um operador cobre a indenização do outro, sem que os dois precisem ter a mesma apólice.
Cobertura de extensão de coleta e entrega
Cobre danos materiais a mercadorias de terceiros durante o transporte rodoviário, desde que esse transporte seja feito pelo próprio operador portuário.
Danos morais
A proteção de danos morais cobre caso a empresa venha a ser responsabilizada por danos morais causados a terceiros — como em acidentes que envolvam lesões.
Equipamentos de terceiros em posse da empresa
Como o próprio nome da cobertura já diz, ela garante proteção em caso de danos a equipamentos que pertençam a terceiros que estejam sob a responsabilidade da empresa.
Vamos imaginar a seguinte situação: um cliente deixa um equipamento na área da empresa para ser utilizado numa operação, mas ele acaba sendo danificado.
Essa proteção pode ser acionada justamente nesse caso, cobrindo a indenização.
Riscos de terrorismo, sabotagem, greves e tumultos
Outra cobertura adicionar do seguro operador portuário é esta que cobre danos causados por atos de terrorismo, sabotagem, greves, tumultos, motins e comoções civis.
Se um ato de vandalismo durante uma greve provocar danos nas instalações da empresa, por exemplo, o seguro vai cobrir os prejuízos.
O que o seguro operador portuário não cobre?
Existem diversas situações que o seguro operador portuário não cobre.
Há situações gerais, que chamamos de exclusões gerais, mas também exclusões bem específicas que ficam atreladas às coberturas.
Vamos por partes.
Entre as principais exclusões gerais, podemos destacar as perdas, danos, responsabilidades ou despesas causados pelas seguintes situações:
- Danos causados por armas químicas, biológicas, bioquímicas ou eletromagnéticas;
- Prejuízos causados por ataques cibernéticos, vírus de computador ou falhas em sistemas eletrônicos (quem cobre isso é o seguro cyber, outro tipo de proteção);
- Danos por radiação ou contaminação resultante de combustível nuclear ou resíduos nucleares;
- Danos causados por propriedades tóxicas, explosivas ou contaminantes de instalações e reatores nucleares (a única exceção é quando envolve isótopos radioativos usados para fins comerciais, médicos, agrícolas ou científicos);
- Danos provocados por armas nucleares ou por qualquer tipo de reação nuclear;
- Danos relacionados à radioatividade ou contaminação por instalações ou equipamentos nucleares;
- Danos decorrentes de confisco, apreensão, destruição por ordens governamentais, quarentenas, nacionalização, sequestro ou atividades ilegais como contrabando;
- Atos de autoridade pública, a não que estes atos sejam para evitar a propagação de danos cobertos pelo seguro (se for este o caso, o seguro operador portuário cobre);
- Atos terroristas (como vimos há pouco, há uma proteção que cobre esse tipo de situação, mas ela é adicional, então deve ser contratada a mais dentro do seguro, caso contrário, entra nas exclusões gerais);
- Danos causados por atos ilícitos dolosos ou por culpa grave dos sócios, dirigentes, administradores, beneficiários ou representantes da empresa segurada;
- Tumultos, com exceção dos casos em que esses tumultos forem consequência direta de greve ou de movimentos trabalhistas;
- Lock-out (paralisação promovida pelo próprio segurado, beneficiário ou seus representantes).
Além dessas exclusões, há as exclusões específicas de cada cobertura que falamos no começo.
Como há diversas coberturas, a lista de riscos específicos que elas não cobrem ficaria bem longa, então separamos os principais.
O ideal, portanto, é sempre conferir as condições gerais do seguro operador portuário antes de contratá-lo, assim, você fica a par de tudo.
Mas voltando a esses riscos específicos que ficam de fora do seguro, veja estes três:
- Na cobertura de danos elétricos, estes bens ficam de fora da proteção: fusíveis, resistências de aquecimento, lâmpadas de qualquer tipo, tubos catódicos de equipamentos eletrônicos ou quaisquer componentes que, por sua natureza, precisam ser trocados periodicamente;
- Na cobertura de responsabilidade civil empregador, as despesas funerais não são coberturas;
- Na cobertura de quebra de máquinas e equipamentos, a seguradora não cobre sinistros causados por queda de raio, explosão química (salvo se for causada por gases de escape nas caldeiras), entre outros cenários.
Quem pode contratar o seguro operador portuário?

O seguro operador portuário pode ser contratado por empresas que atuam em atividades do ramo, além de pessoas físicas que exerçam a profissão.
Isso inclui operadores portuários, empresas de navegação, dragagem e armazenagem, por exemplo.
Por que contratar o seguro operador portuário?
Para empresas em dúvida sobre contratar o seguro operador portuário, vale a pena conferir alguns motivos para considerar essa proteção nas suas atividades. Veja mais detalhes:
Proteção financeira
A proteção financeira é um dos principais motivos para contratar uma apólice como o seguro operador portuário.
Com esse produto, o contratante pode ter a garantia do respaldo econômico em caso de ocorrência de sinistros que possam causar danos materiais, ambientais ou pessoais.
Isso significa que os custos decorrentes de uma situação imprevista serão arcados pela seguradora, minimizando os prejuízos financeiros para o segurado.
A proteção oferecida por essa modalidade também pode ser essencial para a continuidade das operações das empresas no setor portuário.
Caso ocorra um evento que cause danos materiais, por exemplo, a empresa deverá arcar com as despesas de reparo dos equipamentos danificados ou até mesmo de construção de novos equipamentos.
No entanto, com o seguro, esses gastos imprevistos serão cobertos pela seguradora, permitindo que a empresa possa continuar suas atividades sem grandes impactos no orçamento.
Atendimento às normas legais
Uma vez que a contratação do seguro operador portuário é obrigatória para algumas empresas, procurar por essa modalidade é fundamental para se manter em conformidade com as normas que regem esse setor.
Essas regras visam garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores portuários, e a proteção do meio ambiente durante as operações no porto.
Assim, ao solicitar esse produto, as companhias passam a atender essa exigência, demonstrando o compromisso com a segurança e a responsabilidade ambiental em suas operações.
Além disso, a solicitação também é uma forma de garantir a tranquilidade e a segurança dos trabalhadores portuários, que poderão desenvolver suas atividades com maior confiança e proteção financeira em caso de acidentes ou danos materiais, ou ambientais.
Ampliação da competitividade
A contratação do seguro operador portuário também pode ser um diferencial competitivo para as empresas que atuam no setor.
Isso porque a preocupação com o ecossistema e a responsabilidade ambiental são questões mais relevantes para as empresas e para a sociedade.
Ao demonstrar um compromisso com essas pautas, as empresas podem conquistar a confiança e a fidelidade dos clientes e fornecedores, além de melhorar sua imagem e reputação no mercado.
Ainda, vale mencionar que esse pode ser um fator determinante em processos de licitação e concorrência para a contratação de serviços portuários.
Dessa forma, a contratação do seguro operador portuário é uma forma de ampliar a competitividade das empresas no mercado.
Quem exige o seguro operador portuário?
Para tratar sobre a exigência do seguro operador portuário, temos de citar a Portaria SEP Nº 111 DE 07/08/2013.
Ela, em seu art. 1, já deixa claro seu propósito: definir “as normas, os critérios e os procedimentos para a pré-qualificação dos operadores portuários, a serem observados pela Administração do Porto”.
E isso nos leva ao art. 9, que vai falar justamente sobre os “documentos de comprovação da idoneidade financeira da interessada”. Entre eles está:
“Declaração de empresa seguradora, demonstrando que a empresa candidata à qualificação tem capacidade para obter apólice do tipo Seguro Compreensivo Padronizado para Operador Portuário, conforme as normas da SUSEP – Superintendência de Seguros Privados, no valor mínimo de, pelo menos R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais)”.
Nesse sentido, também temos de ressaltar a RES-Antaq nº 104/2023, que muda “a norma aprovada pela Resolução nº 75-ANTAQ, de 2 de junho de 2022, para dispor sobre a obrigatoriedade da contratação de seguros em instalações portuárias”.
No inciso XVII, fica claro que não contratar ou não renovar o seguro de responsabilidade civil exigido em contrato ou convênio de delegação, ou, na ausência desses, um seguro básico que cubra danos morais, materiais, corporais, honorários advocatícios e custas judiciais, pode gerar multa de até R$ 100.000,00.
O mesmo valor de multa também se aplica ao descumprimento de outras exigências de seguros previstas nos instrumentos contratuais ou convênios.
Quais são as vantagens de contratar o seguro operador portuário?
Após avaliar os motivos de contratar um seguro operador portuário, vale a pena conferir alguns benefícios de ter essa proteção.
Veja mais detalhes sobre os principais pontos positivos:
Tranquilidade
A tranquilidade e segurança são duas das principais vantagens de se contratar o seguro operador portuário.
Com essa modalidade, as empresas ficam protegidas financeiramente em caso de ocorrência de sinistros que prejudicam seu orçamento.
Ainda, essa certificação é essencial para a continuidade das operações das empresas no setor portuário, uma vez que eventuais prejuízos financeiros decorrentes de sinistros podem ser significativos.
Além disso, a tranquilidade gerada pela contratação do seguro ajuda a minimizar o estresse e a preocupação dos gestores das empresas, permitindo que foquem em outras questões relevantes para os negócios, como a expansão de mercado e a melhoria dos serviços prestados.
Suporte especializado
O suporte especializado é outra vantagem importante oferecida pela contratação do seguro operador portuário.
Em caso de ocorrência de sinistros, os segurados podem contar com a assistência de profissionais especializados em gerenciamento de riscos e gestão de cenários, minimizando o tempo de resposta e agilizando a resolução dos problemas.
Esses profissionais têm expertise em lidar com crises e conseguem avaliar a extensão dos danos, identificar as melhores soluções e acompanhar todo o processo de reparação.
Além disso, podem auxiliar os segurados a lidar com as questões legais e administrativas decorrentes de sinistros, tais como processos de indenização, reclamações trabalhistas e ações judiciais.
Cobertura no exterior
Ainda, vale mencionar a possibilidade de cobertura no exterior entre os benefícios do seguro operador portuário.
Empresas que realizam operações externas e transportam cargas para outros países podem estar expostas a riscos específicos relacionados a essas atividades, como acidentes em portos estrangeiros, roubo e furto, avarias em navios e outros eventos.
Nesse contexto, a apólice oferece coberturas específicas para operações nesse cenário, permitindo que o contratante se proteja financeiramente em caso de ocorrência de eventos fora do País.
Essa cobertura pode incluir, por exemplo, estragos no navio durante o percurso, ou atrasos de embarque, que causam reduções financeiras.
Ainda, a possibilidade de atendimento no exterior que acompanha o seguro operador portuário se torna uma vantagem significativa para companhias desse segmento, com maior segurança nas atividades.
Customização
Vale mencionar também a customização do seguro entre as vantagens de ter um serviço mais especializado.
Isso porque as empresas podem personalizar sua proteção conforme suas necessidades específicas, escolhendo as coberturas que melhor atendam às suas demandas e orçamento.
Assim, garante uma proteção mais adequada ao perfil de cada prestadora de serviços, além de um melhor gerenciamento dos riscos envolvidos nas operações portuárias.
Nesse caso, é fundamental pesquisar propostas de empresas comprometidas, que possuam ofertas flexíveis para a negociação.
Qual o valor do seguro operador portuário?
Para tratar melhor sobre o custo do seguro operador portuário, vamos considerar o exemplo de um dos nossos clientes.
Afinal, o valor de um seguro sempre vai mudar com base em alguns fatores, então olhar para um caso real ajuda a entender quanto custa esse tipo de proteção.
Esse cliente específico que mencionei atua com operação em dois locais diferentes dentro do porto de Porto Velho.
A empresa tem um faturamento anual de R$ 5 milhões, movimenta cerca de 45 mil toneladas de carga por ano e atende aproximadamente 50 navios.
Sobre as coberturas, as contratadas foram:
- Responsabilidade civil para cobrir danos materiais e corporais a terceiros durante atividades como estiva, serviços de terminal, armazenamento e reparo de equipamentos com limite de 3.000.000,00 por evento ou ocorrência no agregado anual;
- Responsabilidade civil do empregador (com extensão para autoridade de gestão do trabalho) para proteger em caso de acidentes durante as operações portuárias, com limite de R$ 500 mil por evento.
Além disso, outro fator que pesa no valor do seguro é a franquia, que se trata da parte do prejuízo que fica por conta do segurado em caso de sinistro.
Nesse exemplo que estamos abordando, para a cobertura de responsabilidade civil, a franquia foi de 10% do valor da indenização, com mínimo de R$ 35 mil, e para casos de armazenagem de cargas, subia para 15% com mínimo de R$ 40 mil.
Já na proteção de responsabilidade civil do empregador, a franquia ficou 10% com mínimo de R$ 30 mil por evento.
No final, com todas essas variáveis juntas, o prêmio total que a empresa teve de pagar no seguro operador portuário foi R$ 31.139,01, dividido em 4 parcelas de R$ 7.784,76.
Como falamos, o valor do prêmio varia bastante de acordo com o porte da operação, o volume de carga, número de navios atendidos, tipo de serviços prestados e, claro, a análise de risco feita pela seguradora.
Por conta disso, a melhor forma de saber quanto custa o seguro operador portuário é fazendo uma cotação online.
Aqui na Mutuus, isso é feito de forma bem prática. Basta acessar nossa plataforma. Clique aqui.
Sinistro aconteceu: como acionar o seguro operador portuário?
Se acontecer um sinistro que possa gerar perda, dano ou despesa coberta pelo seguro de operador portuário, o primeiro passo é avisar a seguradora o mais rápido possível.
A próxima etapa é encaminhar todos os documentos necessários.
Vamos detalhar cada um deles no próximo tópico, porém, o que você deve saber é que, quanto mais rápido for o envio dessas informações, mais ágil a análise por parte da seguradora.
Sobre o prazo para pagamento da indenização, ele é de até 30 dias. Se a seguradora pedir documentos adicionais, o que pode acontecer, o prazo de 30 dias é suspenso e só volta a contar depois que o segurado atender a essa solicitação.
Quais os documentos necessários para acionar o seguro operador portuário?
Como falamos, a documentação é uma parte muito importante no processo de análise e pagamento da indenização.
Sem ela, a seguradora não consegue avaliar o que acontecer e, consequentemente, não consegue confirmar se o evento está coberto pela apólice do seguro operador portuário.
Nesse sentido, os principais documentos exigidos são:
- Relatório de ocorrência emitido pelo segurado;
- Relatório de danos (Damage Report) emitido pelo responsável pelo navio envolvido no sinistro;
- Carta Protesto emitida pelo responsável pelo navio sinistrado;
- Carta Protesto emitida pelo segurado;
- Conhecimento de Transporte Marítimo (Bill of Lading) referente ao contêiner ou carga envolvida na ocorrência;
- Fatura (Invoice) referente à carga afetada no sinistro;
- Ata de Vistoria Particular Conjunta;
- No caso de equipamentos de bordo, equipamentos do segurado, containers ou cargas danificadas:
- Documentos referentes aos reparos executados (ex: comprovantes de pagamento aos reclamantes, notas fiscais ou faturas);
- Orçamentos definitivos detalhados dos reparos realizados.
O que é necessário para cotar o seguro operador portuário?
Quando você for cotar o seguro operador portuário, uma das etapas é fornecer algumas informações.
Elas são importantes nesse processo de cotação porque ajudam a seguradora a entender melhor o perfil de risco da sua operação e calcular o valor do prêmio de forma adequada.
Entre os dados mais comuns solicitados estão:
- Quais atividades a empresa realiza no manuseio de carga e equipamentos?
- Estiva (a bordo ou em terra);
- Serviços de terminais e depósitos;
- Armazenamento, incluindo os Terminais Retro-Alfandegários (TRA) e os Entrepostos Aduaneiros do Interior (EADI);
- Reparos de equipamentos;
- Serviço de coleta e entrega local relacionado a quaisquer dos serviços acima, cuja abrangência será previamente acordada com a seguradora.
- A empresa realiza atividades de apoio à navegação, informações e controle?
- Fornecimento e manutenção de apoio à navegação marítima;
- Fornecimento e atualização de cartas indicativas de calado;
- Fornecimento de informações e sinais necessários à navegação;
- Fornecimento de práticos e praticagem;
- Controle de movimentação, atracação e fundeio.
- A empresa atua na gestão ou manutenção de instalações terrestres?
- Fornecimento e manutenção de docas, cais, diques, carreiras e atracadouros;
- Fornecimento e manutenção de terminais de passageiros;
- Fornecimento e manutenção de prédios, estruturas e equipamentos;
- Fornecimento e manutenção de sistemas rodoviários e ferroviários dentro da área portuária;
- Fornecimento de serviços de segurança;
- Fornecimento de serviços portuários de emergência.
- A empresa realiza arrendamento ou permite o uso de suas instalações por terceiros?
- Qual o percentual da movimentação total da carga que fica armazenada?
- Qual o valor médio em risco das cargas armazenadas?
- Qual porcentagem da receita total é efetivamente gerada por operações de armazenagem?
- Qual o prazo médio de armazenagem por carga (em dias)?
- Qual a base em que a empresa atende seus clientes?
- Sem contratos;
- Contratos padronizados;
- Acordos individuais;
- Regulamento portuário.
- Qual o nível de responsabilidade que tais contratos imputam à empresa?
- Responsabilidade por negligência limitada;
- Responsabilidade por negligência ilimitada;
- Nenhuma responsabilidade;
- Outro tipo de responsabilidade ou obrigação.
- Quais cobertura deseja contratar?
Quais seguradoras fazem seguro operador portuário?
O melhor seguro operador portuário é aquele feito de forma personalizada para você. Nesse sentido, há várias seguradoras brasileiras que comercializam esse produto.
As principais são:
- AXA Seguros;
- Mapfre Seguros;
- Tokio Marine;
- Yelum Seguros;
- AIG Seguros;
- Zurich Seguros.
Como cotar o seguro operador portuário?

Para cotar o seguro operador portuário, é necessário entrar em contato com uma corretora especializada em coberturas para esse setor — e a Mutuus Seguros é a melhor para você fazer isso, pois, com a gente, você faz todo o processo de forma online.
Durante o processo de cotação, é solicitado informações sobre a sua empresa, tais como o tipo de operação realizada, as cargas, o valor segurado e o histórico de sinistros, entre outros.
Com base nessas informações, você verá propostas de seguro das melhores seguradoras que ofereçam as coberturas necessárias para as suas necessidades da empresa e apresentará as opções de seguros disponíveis, bem como os valores e as condições de contratação.
Vale destacar que o seguro operador portuário é uma modalidade de apólice personalizada, e as cláusulas e condições podem variar conforme as demandas de cada contratante.
Por isso, é importante contar com o suporte de uma corretora qualificada para auxiliar na escolha das proteções mais adequadas para cada caso — e, como falamos, nós, da Mutuus, estamos aqui para ajudá-lo com isso.
Contrate seu seguro agora mesmo:
Vale a pena contratar um seguro operador portuário?
Se a sua empresa realiza atividades marítimas de transporte e armazenamento, vale a pena contratar um seguro operador portuário que atenda ao seu perfil.
Ainda, vale mencionar que essa modalidade atende não apenas sinistros da companhia, mas também danos a terceiros e até mesmo indenizações ambientais.
Por esse motivo, é importante considerar esse tipo de proteção para empresas do setor portuário e garantir um suporte especializado financeiro para reduzir o impacto de incidentes.
Dúvidas frequentes sobre o seguro operador portuário
Ao longo deste artigo, esclarecemos vários aspectos sobre o seguro operador portuário.
Apesar disso, existem alguns questionamentos (alguns deles relacionados a esse seguro, outros nem tanto) que você também pode ter.
Confira a seguir:
Qual a função do operador portuário?
Como o próprio governo brasileiro define, um operador portuário, que também é conhecido como operador logístico portuário, é:
“A pessoa jurídica pré-qualificada para exercer as atividades de movimentação de passageiros ou movimentação e armazenagem de mercadorias, destinadas ou provenientes de transporte aquaviário, dentro da área do porto organizado”.
Nesse sentido, ele pode atuar na carga e descarga de navios, no transporte interno de mercadorias e na coordenação de processos que envolvem a armazenagem e o despacho das cargas.
O que faz um segurança portuário?
Um segurança portuário é responsável por garantir a segurança e a ordem dentro das áreas portuárias, controlando o acesso de pessoas, veículos e cargas, além de prevenir crimes e proteger o patrimônio.
Eles também atuam na fiscalização e na prevenção de acidentes, incêndios e outras situações de risco.
Como destaca este documento relativo à rotina da segurança portuária no Porto Organizado do Itaqui, entre as atribuições que, em particular, um guarda portuário deve ter estão “exercer policiamento ostensivo em todas as dependências portuárias” e “fiscalizar os serviços de vigilância nas áreas arrendadas do porto”.
Qual a diferença entre capataz e estiva?
De um lado, o capataz é responsável por coordenar e supervisionar a movimentação de cargas dentro do porto.
No dia a dia, ele atua na organização do trabalho das equipes de operadores e garante que as operações ocorram de maneira eficiente e segura.
Enquanto isso, a estiva se refere especificamente ao processo de movimentação de cargas a bordo de navios, incluindo o carregamento, descarregamento e arrumação da carga
Simplificando mais, o capataz gerencia e supervisiona, enquanto a estiva é a ação física de organizar as cargas dentro dos navios.
Ficou com alguma dúvida?